sábado, 30 de abril de 2016

Observatório das Metrópoles inicia reuniões preparatórias para Conferência das Cidades




O Observatório das Metrópoles Núcleo Região Metropolitana de Maringá – RMM/ UEM inicia nesta sexta-feira (06 de maio) o ciclo de reuniões preparatórias para Conferência Municipal das Cidades. O intuito é convidar a comunidade de Maringá a participar de debates sobre a “Função social da cidade e da propriedade”, tema da Conferência Nacional das Cidades em 2016.
A proposta local das reuniões preparatórias também está relacionada ao lema do evento que completa seis edições esse ano, “Cidades Inclusivas, Participativas e Socialmente Justas”. A coordenadora do Observatório das Metrópoles Núcleo RMM/UEM, Ana Lúcia Rodrigues, destaca que serão realizados 20 encontros em regiões distintas do município, para levar informação sobre a função social da cidade e ouvir os cidadãos a respeito da sua própria condição de vida no bairro onde moram.
“É importante democratizar a discussão sobre a cidade e a Etapa Municipal da Conferência da cidade é uma excelente oportunidade para fazer isso. A população precisa avaliar se os princípios da Política Urbana chegaram até ela, se a função social da cidade está implantada ou se Maringá mantém o processo de desenvolvimento urbano baseado na segregação social e na especulação imobiliária”, enfatiza.
A Conferência Municipal das Cidades foi convocada pela Prefeitura de Maringá. O evento é aberto ao público, mas, somente os representantes de órgãos, entidades e organizações podem eleger os delegados que participarão da etapa estadual e, sem seguida, da nacional. “As pessoas moradoras de Maringá precisam ser chamadas a participar e, por isso, o Observatório fará algumas reuniões territoriais com o objetivo de contribuir com a divulgação do evento”, destaca Ana Lúcia.

Cidade Alta - A primeira reunião preparatória será no dia 06 de maio, às 20h, no salão do Centro Comunitário do Conjunto Residencial Cidade Alta, que fica na Rua Ataulfo Alves, 150.

Iguatemi - A etapa de Iguatemi foi adiada para o dia 17 de maio, às 20h, na quadra do Colégio Estadual Rui Barbosa, situado na Rua Magdalena Frigo Gil, 337, Iguatemi, Distrito de Maringá.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Resultado de pesquisa integra debate sobre população em situação de rua em Maringá


Imagem registrada durante a pesquisa.

O Observatório das Metrópoles Núcleo Região Metropolitana de Maringá da Universidade Estadual de Maringá - RMM/UEM realiza hoje (dia 27 de abril de 2016), às 14h, no auditório Hélio Moreira no Paço Municipal de Maringá, a II Audiência Pública sobre População em Situação de Rua. Um dos destaques do debate é a apresentação do resultado da pesquisa realizada no município sobre população em situação de rua.
A coleta de dados ocorreu entre dezembro de 2015 a janeiro de 2016. A pesquisa se constituiu em identificar a quantidade e o perfil desta população, os motivos que levaram tais pessoas a estarem à situação de rua, como estão suas relações familiares, como sobrevivem nas ruas, onde buscam a satisfação de suas necessidades básicas e de saúde, como estes indivíduos pesquisados percebem a sociedade em relação à pessoa em situação de rua.
Entre os dados a serem apresentados na audiência do dia 27 de abril, destaca-se que do total da população em situação de rua em Maringá, identificou-se que 88% são homens, sendo que 72% se declararam pretos ou pardos, cuja faixa etária mais prevalente se dá entre 30 a 55 anos. Segundo a coordenadora do Observatório das Metrópoles RMM/UEM, Ana Lúcia Rodrigues, a proposta da pesquisa já está inserida nos estudos permanentes do Núcleo que acompanha as discussões relacionadas a esta temática no município, por meio do Conselho Municipal de Assistência Social (COMAS).
“Percebe-se o pouco conhecimento sobre a realidade desta população, o que acaba por colocá-la em um processo de invisibilidade por grande parte da sociedade. A pesquisa em questão apresenta uma proposta de investigação da condição real, a fim de que, por meio da multiplicação do conhecimento sobre esta grave problemática social, possamos desvendar as dimensões, as semelhanças e as especificidades das manifestações do que se convencionou chamar “população em situação de rua” e, com isso, oferecer ao poder público, informações para dar respostas aos problemas vivenciados por estas pessoas”, declara Rodrigues.
A pesquisa foi realizada em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (SASC) de Maringá e o Centro de Referência Especializado para População de Rua (Centro POP). Assim como os colaboradores dos órgãos municipais, das entidades da sociedade e muitos voluntários ligados as mais diferentes áreas de atuação junto a esta população, tanto acadêmicos quanto profissionais, contribuíram para as atividades pertinentes a execução do projeto.