sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Encerra hoje coleta de dados da pesquisa sobre população em situação de rua em Maringá


Pesquisa em 2019 é a quinta consecutiva
O Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá encerra hoje (01/11) a coleta de dados da 5ª edição consecutiva da pesquisa “A População em Situação de Rua em Maringá: Desconstruindo a Invisibilidade”. Os pesquisadores se reúnem às 18h30 na Praça Raposo Tavares e seguem sentido bairros até a madrugada de sábado em sete rotas distintas.
A partir da próxima segunda-feira inicia o processo de tabulação dos dados. A expectativa é que as informações sistematizadas e o relatório final comparativo (2015 a 2019) sejam apresentadas no final do mês de novembro durante Audiência Pública. O objetivo principal da investigação é identificar a quantidade e o perfil da população em situação de rua em Maringá.
A pesquisa “A População em Situação de Rua em Maringá: Desconstruindo a Invisibilidade” é uma iniciativa do Observatório das Metrópoles Núcleo Maringá em parceria com o Centro de Referência Especializado para População de Rua (Centro Pop Rua) e o curso de Serviço Social da UEM, com o apoio da Prefeitura de Maringá, Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (SASC) e Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCH) da UEM.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

População em Situação de Rua em Maringá: etapa preparatória e coleta de dados da quinta edição da pesquisa iniciam neste mês


O Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá realiza neste mês a etapa preparatória e inicia a coleta de dados da quinta edição consecutiva da pesquisa “A População em Situação de Rua em Maringá: Descontruindo a Invisibilidade”. A análise comparativa do estudo realizada no ano passado, revelou ampliação de 61% dessa população comparada a 2017. A expectativa para esse ano é de novo aumento.
Conforme a coordenadora do Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá, Ana Lúcia Rodrigues, nas reuniões preparatórias da pesquisa já foi possível identificar, por meio de relato dos profissionais que atuam na política de atenção a essa população no município, que houve recente crescimento de demanda por atendimentos.
“Essa informação justifica a expectativa da pesquisa registrar em 2019 um possível aumento da população em situação de rua em Maringá. Tal como ocorreu em 2018, as pessoas continuam sendo impactadas pelo desemprego e, na ausência de outra alternativa, acabam vivendo em situação de rua”, afirma Ana Lúcia.
A preparação dos pesquisadores envolve debater essa expectativa e também outros aspectos, como: orientações de abordagem aos pesquisados; apresentação da metodologia da pesquisa; estudos relacionados ao questionário de pesquisa, aos mapas de trajetos das ruas da cidade e unidades de serviço de acolhimento onde serão feitas as coletas de dados; apropriação dos resultados da análise comparativa das quatro edições anteriores.
Na tarde desta quinta-feira (17), a equipe de pesquisadores que recebeu treinamento foi formada por alunos do curso de Serviço Social da UEM (Câmpus Regional do Vale do Ivaí – Ivaiporã/PR). 

Profissionais do Centro Pop e Observatório das Metrópoles ministraram a formação

Alunos do curso de Serviço Social da UEM participaram do treinamento para atuar na pesquisa

Além dos estudantes de graduação, participam da coleta de dados da quinta edição da pesquisa, que inicia a partir da próxima segunda-feira (21), colaboradores das entidades da sociedade e voluntários das diferentes áreas de atuação junto a esta população, de outros órgãos municipais, assim como acadêmicos e profissionais das atividades pertinentes à execução do projeto.
O objetivo principal da investigação é identificar a quantidade e o perfil da população em situação de rua em Maringá. Todos os dados e informações geradas serão sistematizadas num relatório final comparativo (2015 a 2019), que será apresentado em Audiência Pública e entregue ao poder público local para subsidiar ações em favor destas pessoas, e também disponibilizado a todos os interessados.
A pesquisa “A População em Situação de Rua em Maringá: Descontruindo a Invisibilidade” é uma iniciativa do Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá em parceria com o Centro de Referência Especializado para População de Rua (Centro Pop Rua) e o curso de Serviço Social da UEM, com o apoio da Prefeitura de Maringá, Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (SASC) e Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCH) da UEM.


quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Universidade, governo e sociedade debatem as Regiões Metropolitanas do Paraná

No dia 25 de setembro de 2019 foi realizado o Fórum Regiões Metropolitanas do Paraná, organizado pelo Observatório das Metrópoles Núcleo Curitiba, em parceria com a Secretaria do Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas do Paraná (SEDU/PR).
O evento contou com duas mesas redondas, nos turnos da manhã e tarde. Na primeira, conduzida por Ana Lúcia Rodrigues (coordenadora do Núcleo Maringá do Observatório das Metrópoles), João Carlos Ortega (Secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas) e Carlos Augusto Storer (geógrafo da SEDU/Paranacidade), foram apresentadas as propostas do Estado do Paraná para o trato das suas Regiões Metropolitanas (RMs), particularmente no que se refere aos Planos de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUIs), assim como a compreensão dada pelo governo quanto às RMs instituídas às vésperas da aprovação do Estatuto da Metrópole (que totalizaram oito unidades “metropolitanas”).
Cumprindo estritamente as orientações do Estatuto da Metrópole, as unidades polarizadas pela metrópole Curitiba e por capitais regionais B (Londrina, Maringá e Cascavel) terão seus PDUIs em construção após resolução de algumas pendências administrativas. As demais unidades serão consideradas no âmbito do planejamento regional do Estado. Os palestrantes reforçaram a posição da SEDU em manter os cronogramas e as disposições relativas aos PDUIs, apesar das revogações de dispositivos do Estatuto da Metrópole quanto a prazos e improbidade administrativa pela não realização dos planos, e salientaram a orientação do órgão no sentido de efetivar o planejamento regional no Paraná. Após as apresentações, seguiu-se um debate com os presentes.
Carlos Storer, Rosa Moura, Ana Lúcia Rodrigues, João Carlos Ortega, Orlando Bonette e Olga Firkowski. (Foto: Amanda Almeida)

Na mesa redonda da tarde, a temática voltou-se aos aspectos teórico-conceituais, tipologias e classificações sobre urbanização e metropolização, metrópole e metropolitano, assim como descrições dos diferentes recortes regionais que abarcam as áreas e regiões metropolitanas. A mesa, conduzida por Wilheim Meiners, da PUC-PR e Observatório das Metrópoles Núcleo Curitiba, contou com apresentações de Rosa Moura e Olga Firkowski (ambas pesquisadoras do Núcleo Curitiba). Ao final, novamente ocorreu um debate amplo, que além de promover aprofundamentos sobre os temas, possibilitou o intercâmbio de experiências e pesquisas em desenvolvimento entre os participantes.
O público presente foi composto por gestores de órgãos públicos do estado e municípios, conselheiros (em especial do Concidades-PR), representantes de entidades da sociedade civil, pesquisadores e acadêmicos de universidades públicas e privadas, além de integrantes do Observatório das Metrópoles Núcleo Curitiba e Núcleo Maringá.
O evento, realizado no campus Centro Politécnico da Universidade Federal do Paraná, foi organizado com a finalidade de discutir as Regiões Metropolitanas paranaenses, com ênfase nas esferas dos conceitos fundamentais, da legislação, do planejamento, da gestão e, sobretudo, dos desafios que permeiam o metropolitano. As diversas questões apresentadas nos debates motivaram a organização de um próximo fórum, previsto para novembro de 2019 – sugestão que foi acatada unanimemente e com grande expectativa pelos presentes.

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

MARINGÁ ESTÁ PRONTA PARA ADOTAR A TARIFA ZERO NO TRANSPORTE COLETIVO




Maringá pode ser a primeira cidade com mais de 400 mil habitantes do Brasil a implantar a tarifa zero no transporte coletivo público. Hoje, já são 14 cidades brasileiras, com população entre 30 a 150 mil habitantes (Paulinia -SP e Volta Redonda – RJ entre elas), com experiências de tarifa zero, em parte ou na totalidade do sistema. Pelo mundo a implantação de transporte público gratuito já é realidade em várias cidades, como por exemplo, na França implantada em 38 cidades, na Alemanha em cinco, nos EUA que já adotam em duas cidades rotas gratuitas e na Estônia que em 2018 tornou-se o primeiro país a implantar o sistema em todas as cidades. Em Maringá o debate pode ganhar força em função de três fatores: 1- Está em curso a revisão do Plano Diretor, Lei que define as diretrizes de crescimento da cidade para os próximos 10 anos (2020 a 2030) e que estabelece o transporte coletivo como prioridade; 2 – Está iniciando também a elaboração do Plano de Mobilidade Urbana, que vai “orientar o trânsito para as próximas décadas” e que tem entre seus objetivos, reestudar o transporte coletivo e; 3 -  O atual contrato do Município com a TCCC está gerando pendências judiciais com pedidos de indenização por parte da empresa (gmconline.com.br/noticias/cidade/tccc-entra-na-justica-contra-a-prefeitura-de-maringa),que alega desequilíbrio financeiro desde o inicio do contrato, e isto poderá levar o Município a ter que desembolsar muito dinheiro até o final do contrato, por um serviço não realizado pela empresa, pois o desequilíbrio alegado se dá em função da queda anual do número de pessoas que utiliza o transporte coletivo. A estes três fatores soma-se o fato de que com a aprovação da Emenda Constitucional 090 de 15/09/2015 o TRANSPORTE tornou-se um direito social inscrito no Art. 6º da Constituição Federal e também todos os argumentos já amplamente difundido pelos especialistas da área de mobilidade de que é justo dividir as responsabilidades pelos custos do transporte público com quem opta por utilizar o transporte individual e sobre o consenso da necessidade de reduzir carros nas ruas, visando uma melhor qualidade de vida nas cidades. Maringá está diante de um desafio que inicialmente parece ousado, mas que na verdade já reúne as condições iniciais ou o ponto de partida, para implantar a tarifa zero, alterando a lógica do financiamento que não cabe mais apenas ao usuário do sistema, restando, portanto, a decisão política para criar um Fundo Municipal para financiamento e efetivação dessa política redistributiva.  Levando em consideração as experiências das cidades brasileiras que já implantaram essa política, podemos dizer que Maringá reúne boas condições para a criação do Fundo que pode ter como fontes: IPVA; Recursos do Estacionamento Rotativo; IPTU; Subsídio Estadual; Fontes do Município que já custeia a isenção de tarifa; Autorização para a empresa explorar o serviço de transporte coletivo sob demanda por aplicativo (tipo CityBus – Goiânia e uBus – são Bernardo do Campo) e outras fontes. A oportunidade está ai, vamos aprofundar o debate sobre tarifa zero e tornar Maringá a primeira Cidade do Brasil com mais de 400 mil habitantes a adotar esse sistema junto com a integração do ônibus com o uso de bicicleta e o transporte individual via aplicativos, crescentes em nossa cidade