quinta-feira, 14 de junho de 2018

Comunidade cigana terá acesso a estrutura para acampamento itinerante


Pela primeira vez em Maringá, a comunidade cigana vai poder ter acesso a uma área exclusiva de acampamentos itinerantes. O compromisso de atendimento a reivindicação feita por meio dos seus representantes da Associação Social de Apoio Integral aos Ciganos (ASAIC), Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá, Comissão de Direitos Humanos da OAB Maringá, Ministério Público do Paraná, foi anunciada ontem (13/06) durante encontro realizado no Paço Municipal com o chefe de gabinete, Domingos Trevizan.
“Nunca, na história de Maringá uma gestão esteve aberta ao diálogo com ciganos, mesmo havendo tentativas. Somos muito gratos a essa possibilidade iniciada pela sensibilidade da Diretoria Municipal de Assuntos Comunitários em nos atender, primeiro atendendo um simples pedido de autorização para instalar uma torneira de água no terreno, e depois em se abrir para o diálogo sobre a necessidade de espaços para atender as populações ciganas itinerantes”, conta o diretor regional da ASAIC, o cigano da etnia Calon, Antonio Alves.
De acordo com informações da ASAIC, a proposta é a entidade receber da Prefeitura a permissão de uso de um terreno onde será feito o investimento em infraestrutura como gramado, banheiros, lavanderia, iluminação, cerca de alambrado. O projeto ainda será desenvolvido e a expectativa das obras é para o próximo ano. O recurso a ser destinado deve ser incluído na previsão do orçamento municipal para 2019.
“A relevância desse compromisso firmado pela Prefeitura em destinar uma área exclusiva para uso de acampamentos ciganos itinerantes é altíssima, é histórica. Representa o reconhecimento do poder público municipal de que os ciganos precisam ser atendidos, assim como qualquer outro coletivo étnico presente na cidade”, declara o diretor regional da ASAIC.
O subcoordenador do Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá, Paulo Roberto de Souza, destaca a importância da junção das entidades na reivindicação de direitos e o diálogo com o Executivo municipal. “No governo Ulisses Maia, as questões sociais encontram espaços para o debate enquanto problemas públicos que necessitam políticas públicas adequadas para o seu enfrentamento. A participação do Ministério Público, da OAB, por meio da Comissão Direitos Humanos e do Observatório da Metrópoles Núcleo UEM/Maringá apoiando a ASAIC, na reunião com o Domingos Trevisan, Chefe de Gabinete do Prefeito, contribui para encontrar a solução adequada ao problema social apresentado”, ressalta.
A mobilização das entidades também foi evidenciada por Antonio Alves. “É emocionante ver também o quanto uma causa reúne diferentes organizações, órgãos, entidades e poderes. É na luta que nos sentamos juntos e cumprimos nossa razão de ser”, enfatiza.
ASAIC - Associação Social de Apoio Integral aos Ciganos atua desde 2002, começando suas atividades em Curitiba/PR e em 2013 em Maringá/PR, ano em que seus representantes locais iniciaram novos projetos de inclusão como a luta por direitos e promoção cultural. Mais informações sobre a entidade no site: www.asaic.com.br.
O encontro no gabinete da Prefeitura de Maringá foi registrado pela ASAIC. Da esquerda para direita: representante da comunidade cigana de Maringá, Zé Rosa; diretor regional da ASAIC, Antonio Alves; diretor de Assuntos Comunitários da Prefeitura de Maringá, Anderson Carrard; assistente social do Ministério Público do Paraná, Lucilene Calza; coordenador adjunto do Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá, Paulo Roberto de Souza; respectivamente vice-presidente e presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB Maringá, Liana Santos e Joel Coimbra; chefe de Gabinete da Prefeitura de Maringá, Domingos Trevizan; também representante da ASAIC, Igor Shimura. 

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