A
população em situação de rua em Maringá aumentou 61%, se comparada a 2017. Esse
é um dos dados que integram a análise comparativa da pesquisa “A População em
Situação de Rua em Maringá: Descontruindo a Invisibilidade”, que será
apresentada durante a IV Audiência Pública sobre População em Situação de Rua, no
dia 21 de novembro, às 19h, no Auditório Hélio Moreira, anexo ao Paço
Municipal.
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Imagem da pesquisa/outubro de 2018. |
Promovida
pelo Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá e Secretaria Municipal de
Assistência Social e Cidadania (SASC), a audiência será realizada com intuito
de apresentar o resultado comparativo das quatro edições da pesquisa, cuja
investigação é realizada uma vez por ano desde 2015. Na ocasião a SASC também apresentará
as ações desenvolvidas para a população em situação de rua, por meio das
políticas de Assistência Social e de Saúde.
A
audiência pública é aberta a todos os interessados, em especial as entidades e
aos atores da sociedade envolvidos diretamente com essa população. O evento também contará com a
participação do coordenador do Movimento Nacional de Morador de Rua (MNPR), Leonildo
José Monteiro Filho.
Pesquisa - A quantidade de pessoas em situação de
rua em Maringá aumentou 61%, se comparada a 2017. O crescimento foi
identificado na quarta edição da pesquisa “A População em Situação de Rua em
Maringá: Descontruindo a Invisibilidade”, de iniciativa do Observatório das
Metrópoles Núcleo UEM/Maringá, realizada em outubro desse ano com apoio SASC, Centro
de Referência Especializado para População de Rua (Centro Pop Rua), Ministério
Público e colaboração de entidades e pesquisadores voluntários.
Na
edição de 2017, foram abordadas 222 pessoas e entrevistadas 177 pessoas, pois,
45 não quiseram responder a pesquisa. Em 2018 foram abordadas 357 pessoas,
sendo 247 entrevistadas e outras 110 pessoas que se recusaram a responder.
De
acordo com a coordenadora do Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá,
Ana Lúcia Rodrigues, esse aumento de 61% em 2018 revela o impacto da crise
econômica, acompanhada da falta de investimento em políticas de atenção a essa
população. “As gestões públicas precisam associar políticas de assistência, de
moradia, de inserção produtiva e de saúde para responder ao conjunto das
vulnerabilidades que caracteriza essa problemática”, declara.
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Registro de imagem da pesquisa realizada em outubro de 2018. |
O
objetivo principal da pesquisa é identificar a quantidade e o perfil da
população em situação de rua em Maringá. Entre os itens pesquisados estão os
motivos que levaram tais pessoas a estarem em situação de rua, suas relações
familiares, o modo como sobrevivem e, como essa população percebe a sociedade
em relação à pessoa em situação de rua. O relatório final comparativo (2015 a
2018) será entregue ao poder público local para subsidiar ações em favor destas
pessoas, e também será disponibilizado a todos os interessados.
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